27 dezembro 2008

CADEIRA VAZIA

A morte nos tira do prumo,
nos deixa sem rumo.
perder não é bom,
nem pra aprender uma lição!
fica a sensação de vazio,
tudo parece frio.
mas o tempo é o senhor da dor!
e com o tempo vai doendo menos,
e menos... e menos.
Até que de repente "perdoamos" Deus!´
Então chegou o tempo de acordar!!!
Voltar a vida!

Jandira Iara Cruz
Iaiá 27Dez08

By Mony Melo


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20 dezembro 2008

OXIGÊNIO



Tudo estava perfeito,

como Deus criou,

mas insatisfeitos resolvemos remodelar e,

cortamos árvores,

precisávamos de casa.

cortamos árvores,

precisávamos comer carne.

cortamos árvores,

precisávamos de móveis.

cortamos árvores,

precisávamos de estradas e,

cortamos árvores...

cortamos árvores...

cortamos árvores...

AGORA... PRECISAMOS DE AR!

Jandira Iara Cruz

Iaiá 20DEZ08

02 dezembro 2008

ARTESÃO

Lá vai ele mata adentro,
CAMINHANDO.
Com seu machado afiado.
MALVADO!
Corta a árvore,
Sem piedade.
MALDADE!
E ela chora!
IMPLORA?
E vai ao chão!
PERDÃO!
Arrasta o tronco,
Mata a fora.
CLARÃO!
De volta à casa.
FORMÃO!
Com a mão de artista,
Vai tirando lascas;
LASCANDO!
E o tronco chora,
IMPLORA!
Vai tirando lascas,
LASCANDO!
E vai surgindo a forma.
FORMANDO.
Formou-se a cruz,
ONDE MORREU JESUS!
E chora a madeira,
E chorou JESUS!
Jandira Iara Cruz
IAIÁ
2dezembro2008

25 outubro 2008

Por trás do muro



Por Medo,
Estamos nos guardando.
Primeiro o muro em volta das casas,
Ninguém verá mais a beleza das minhas flores!
Mas da janela ainda podemos ver o movimento lá fora.
Depois vem o trinco no portão,
Um cachorro maior...
O muro baixo, não nos guarda mais.
Sobe-se o muro,
Põe-se arame, cacos de vidros,
O medo aumentou!
Na rua,
Desconfia-se de tudo e de todos
Qualquer movimento é suspeito
Nos agarramos aos filhos e às bolsas!
Qualquer barulho surdo,
Já nos pomos a correr!

Não quero mais ir ao cinema!
Não quero mais ir ao barzinho!
Passear na pracinha... nem pensar!

Os filhos estão presos dentro de casa,
Não vão à escola,
Não saem com os amigos!
"virtualizaram-se"!!!

E da janela, não vejo mais o movimento lá fora.

Por medo de morrer lá fora,
Prendemos-nos dentro de casa.
E morremos aqui dentro,
Um pouco a cada dia!
Jandira Iara Cruz
"Iaiá" 25out08

09 setembro 2008

TRABALHO INFANTIL


Eu não tive estudo.
Eu não tive sonhos.
Eu não tive pai!.
Fui órfão menino!
E pequenininho,
Eu já trabalhava,
Eu quebrava pedras,
Eu colhia cana
E ralava os dedos!
Não brinquei de bola!
Eu fui bóia fria!
Eu não fui à escola!
Tinha que colher o pão,
Para meus irmãos.
Dia de Domingo,
Trabalhava não!
Eu ia pra escola,
Brincar de estudar.
Pegava os livrinhos,
Olhava as figuras
Me punha a imaginar
As tantas histórias,
Daqueles desenhos...
Trocava de banco,
Fingia ser outros.
Ora estudante,
Ora professor.
Mas o tempo não parava!
Só aos Domingos ele corria!
Nos dias de lida,
Ele se arrastava,
Ele não passava.
E eu quebrava pedras,
E ralava os dedos!
Mas doía menos,
Se eu ocupasse a mente
com meus dias de DOMINGO!


JANDIRA IARA CRUZ
"IAIÁ"
8SET2008

27 agosto 2008

Para meus filhos



Anjos Meninos Anjos

Dirijo-me ao quarto
Pé ante pé
Pra não fazer barulho.
Debruço-me sobre o berço,
Aqui estão eles
Meus ANJOS meninos!
Vestidos de inocência,
Têm cheiro de esperança!
Ajeito as cobertas,
Recolho os ursinhos,
Beijo-lhes a face,
E numa prece
Entrego-os a Deus.
Acendo o abajur e saio.
E passam-se os anos...
Dirijo-me ao quarto,
Não preciso mais andar descalça...
Eles ainda estão aqui!
Já não cabem mais em berços,
Mas cabem no meu abraço!
Têm cheiro de homens!
Mas o mundo ainda não os levou daqui!
Na estante na parede,
Seus heróis, seus sonhos de meninos.
Passo a mão em seus cabelos,
Beijo-lhes a face,
Ajeito as cobertas,
Faço uma prece,
ENTREGO-OS A DEUS!
Meus MENINOS anjos...
Apago a luz e saio.



Jandira Iara Cruz
"Iaiá"
27agosto2008

26 agosto 2008

LIXÃO DA EXISTÊNCIA



LIXÃO DA EXISTÊNCIA
No outro dia passei por um lixão e

Surpreendi-me com o que vi jogado fora.
Eu vi corações em pedaços,
Mobílias quebradas,
Álbuns de casamento.
Fotos rasgadas... pedaços de sorrisos;
Tinha até uma boneca com etiqueta e tudo;
Seu nome era alegria.
Eu vi também...
Folhas ao vento, com poesias de amor;
Cartões postais de lugares dantes navegados!
Fiquei ali parada, pensando... pensando...
E de repente me vi olhando para o ALTO,
À procura de uma resposta,
E uma gota d'água caiu sobre meus olhos.
Era uma lágrima!!!
Deus estava chorando,
Ao ver o que nós fizemos com o que ELE plantou em nós.

Jandira Iara Cruz
"Iaiá"
maio 2007


16 agosto 2008

Dorme anjo...



36 anos após a partida do meu pai (14/8/1972), parte mais um pai muito amado por seus filhos e fãs. Um grande baiano Dorival Caymmi!
Hoje, com certeza tem festa no céu!
Dorme anjo, PAPAI vai lhe ninar!

09 agosto 2008

PAI



Pequena homenagem para um grande homem, meu pai!

01 agosto 2008

EU ESPALHO ALEGRIA





Ser criança é muito bom!!! Vale lembrar da infância...
Do tempo que corria na rua, que brincava de pique esconde...
Fazia minhas "estripulias" e saia correndo das vizinhas...rsrs
Ah!!!... Se pudesse pararia o tempo, tentaria retornar nessa fase linda
Que nem sabia valorizar... Tudo que fiz foi na inocência... de um olhar surpreso...
de um coração vibrante... de uma alegria contagiante!

Quando as luzes eram coloridas... minha casa era cheia de vida...
Tudo era motivo pra FESTA!!...
Não tenho arrependimentos... Pulava, caia, saltava, voava algumas vezes,
até sem asas, e me "estribuchava", mas estava sempre de pé..rsrs

Os sonhos de criança, alguns realizei, outros, me acompanham,
pois a criança que fui, ainda mora dentro de mim.
E continuo sorrindo... Espalhando alegria!!!hehe
Pelos caminhos onde passo... A tristeza eu desfaço...
Vem sorrir comigo!!!... E entre nesse compasso!

Escrito por minha amiga "criança",
Nilcéa Almeida

31 julho 2008

A PONTE



Quantos por aqui já passaram?
Quantos pararam, se debruçaram?
E quem sabe até moedas jogaram,
Em troca de um sonho...um desejo?
Quantos deixaram as lágrimas caírem por sobre as águas?
Pelo desgaste do caminho,
Muitos já deixaram suas pegadas,
Suas lágrimas...seus desejos...e esperanças.
Mas quantos pararam e olharam para o céu?
Lá estava a solução de tudo!
Bastaria um pouquinho de fé,
E sentiriam a presença de Deus junto deles.

Jandira Iara Cruz
"Iaiá"

Criança esquecida dentro do carro

MENINOS NA RUA


Há quem os chame de meninos de rua.
Meninos que roubam,
Que roubam nosso olhar,
Mas mesmo assim, não os vemos!
Meninos que cheiram cola,
Em busca do cheiro da flor!
Meninos que "dormem" amontoados,
Que somam a dor,
Desamor...
Meninos que "sonham" com imagens da TV,
Com abraços, carinhos.
Com leite, com peito.
Meninos que sonham...
Meninos na rua,
Da verdade nua,
Da maldade crua!
Jandira Iara Cruz
"Iaiá"
26outubro2007

CATADOR DE LIXO

BANCO DE PRAÇA

VAGANDO

21 julho 2008

MAS MEU CORAÇÃO PAROU!














CA,

Mandei varrer a calçada de Copacabana,

Mas ela não pode sentir seu caminhar!




Mandei que todas as flores do Jardim Botânico se abrissem,

Mas você não pode sentir o perfume!

Pedi ao mar que batesse de mansinho,

Mas ele não pode te saudar!

Deixei o Cristo Redentor de braços abertos,
Mas Ele não pode sentir seu abraço!

Tirei o açúcar do Pão de Açúcar,
Mas ele não pode sentir sua doçura!

Parei a Sapucaí, mandei fazer um carnaval pra você,
Todas as escolas de samba trouxeram um carro pra homenagear você,
Mas você não pode desfilar!

O Maracanã parou pra escutar seu grito de Gooool,
Mas seu grito ficou na garganta!

Eu só não consegui parar o tempo,
pra que você tivesse tempo,
de desfrutar as belezas do meu Rio de Janeiro!

Mas eu consegui fazer parar meu coração por um segundo,
E PUDE SENTIR SEU CORAÇÃO BATENDO JUNTO AO MEU!!!


CA, minha Lindinha...te amo!
Jandira Iara Cruz (Iaiá)
19julho2008

26 junho 2008

"Ex"-combatente


Trago o peito cheio de medalhas;
E cada uma delas me dilacera esse mesmo peito,
Me lembra as vidas que tirei,
Os jovens que não permiti que voltassem para seus pais.
Essas medalhas me espetam o peito, como se fossem punhais!
Sim, sou ex-combatente!
Esse é o título que ganhei por ter conseguido voltar pra casa!!!
Mas, que "ex"-combatente que nada!
Combato até hoje!
Mas agora a guerra é minha,
Minha guerra interior.
Luto pra esquecer o olhar de um menino, cuja vida tirei.
E era tão menino ainda...
Luto pra não pensar na dor,
Na dor dos pais que deixei “órfãos”.
Luto pra tentar ouvir os pássaros,
Não o som das bombas explodindo!!!
LUTO PRA ME LEMBRAR COMO É A LUZ DO SOL!
"Ex"-combatente sim, porque sobrevivi!
Mas... não vivo mais!!!


Jandira Iara Cruz
Iaiá
15junho2008

30 maio 2008

Coração de pedra

Mãe dentro de seu peito

Eu sei que existe um coração

Que é doce e puro, embora não demonstre

Que se emociona tanto quanto qualquer outro,

Apesar de quase nunca chorar de emoção,

Que fica abalado, magoado e sentido

Apesar de não demonstrar

Se esse coração for de pedra

É como aquelas pedras de areia,

Que facilmente se desmancham

Mas não gosta muito de carinho

Ou deve ser de uma pedra preciosa

Bonita e rara como um diamante



Rodrigo Cruz Bittencourt (meu filho)